No escuro é mais silêncio. E com a gente também, sempre mais no não dito. Na noite que não desemboca no dia e vive de vinho e culto e inversão, nos vejo tão bem. Noite breu, sem lua e nem estrela, nos vejo tão bem. E é na dança, pernas, pêlos, espasmos, mão que traz o braço e leva o corpo inteiro num só passo, que a gente se dá. Entrelaço de ideias, nos vejo tão bem. Somos eu e você, encontro não falado. Seu sorriso, outro-bem mais sincero. No alvoroço, a gente funciona em paz. Na alvorada, te vejo e não reconheço mais.
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