sábado, 7 de março de 2015

Infinito recomeço

Se eu não te conhecesse diria que foi sempre assim
Porque a verdade é que o fim não passa de um ‘inda por vir
O fim não é a morte
O fim vive
em tudo que se esgota ao longo do dia
O fim vive
em mim e em você também
Na distância dos nossos corpos
Na cama que não dormimos
Nos cigarros perdidos
Em olhares não mantidos
Por entre
Pernas
Poros
Por
fim é o vício
na saudade
-do que não foi-
na falta
de sentido
-que não se sente-
Tá no vento de agosto
quando se está em março
Tá no chão de terra batida
-vermelha amarela quente-
que seu pé de menino não pisou
O fim tá no excesso(!)
-de roupa e fala e pano e medo-
que paraliza e mata de pouco em tanto
De vento em poupa
vamos nos findando
De resto, vida
Em ti, em nós

Tudo que move, fica

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