sábado, 7 de março de 2015
04 de fevereiro de 2015
Fiquei sabendo agora pouco, por uma dessas notificações aleatórias do facebook, que o João morreu. João não era o nome dele e o nome dele de verdade era uma das duas ou três coisas que eu sabia sobre ele. João não morava no meu continente, nunca nos vimos e só tivemos conhecimento da existência um do outro há uns meses atrás, por intermédio de um amigo em comum, que me disse que João poderia me dar boas dicas sobre o que eu estava procurando na época. Adicionei o João, ele me deu boas dicas mesmo e a última mensagem partiu dele. Era só uma pergunta, queria saber se tinha dado tudo certo. Eu não sabia se tinha e não respondi. De todas as coisas que eu não sabia sobre o João, sei que a pergunta foi sincera, desses interesses gratuitos, bonito de ver. Não falei isso pra ele -porque a gente quase nunca fala o que realmente importa. Bate agora esse sentimento esquisito de distância, que não precisa de dois continentes pra existir. Que encurtemos nossas distâncias, as de todos os dias. Tá tudo certo, João.
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