terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Ainda que cedo

Dos fones nos meus ouvidos, nenhuma música. Só o silêncio, que abafa o barulho. O chão é meu ar e por aqui que meus pensamentos voam, terrenos. Penso que me prendo e que a saída é nao pensar, nadar. Quase nenhuma vontade de nadar contra corrente, mergulho. Me deixo levar, em resistência de quem flutua rio a baixo. Me leva a rotina, que me suga o desejo de. dessa coisa toda que chamam de juventude. Cadê? Sei que há vida em cada canto, por detrás da paredes, vida. Nos canteiros, nas montanhas que ainda não vi, vida. Por metros de oceano, extensões de campos e mesmos nos tijolos, na lama, nos terrenos sem donos, vida. Nas peneiras, nas piabas, nos pés descalços, na leitera da velha vó, vida. Em quase toda forma de música. E em tudo o quanto clama, perto e longe. Mas não dentro de mim. Por agora, por enquanto.

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