Não adianta adiantar o ponteiro que as caraminholas da mente não se des-caraminholam pela pressa do pensamento. Essa mania de bater cabeça só faz é deixar a gente tonto. Você estava certo, tem saberes que são só do corpo; e sabe-se lá quanto tempo vai levar p'rele chegar até o meu dedão do pé. Que é só quando meu dedão do pé souber do que minha mente matuta que a coisa vai pra frente. Só vai quando não tiver mais jeito de não ir. Então, calma. Acalma e cuida do coração, que ele é bobo-bola-balão, mas é só seu e um só. Calma, que essa história de que a gente anda a passadas largas é uma bela d'uma balela. A gente é mesmo mais parecido com o mar: a onda se vê na superfície, mas os movimentos vêm do fundo. Deixa aflorar o ponto cego, que tá ali e a gente não sabe donde. Aflora que ponto cego não dá ponto sem nó. Perde a cabeça, que ela não solta do pescoço.
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