domingo, 8 de maio de 2011

مخفی

Embaçado, como os sonhos costumam ser.
Um casarão de outros tempos, de grande salão e janelas. Madeira e vidro, e o frio lá fora.
Nublado, como os céus quando não querem aparecer, apenas observar, preguiçosos, os caóticos aqui de baixo.
Então, eis que surgimos. Dois invisíveis num casarão passado. Ela brinca com o vinho, e canta com a taça. Ele não brinca, mas canta. Sem perceber que a canção já estava ali, muito antes dele chegar. Ela dança, cabelos soltos, no ritmo do vento- que ela não vê, lento, do lado de fora. Ele olha pro vidro, e vê o vento- mas, dentro, não a vê.
Ele poderia ser mais atento. Mas, nos sonhos, eu sempre te perdôo.

5 comentários:

  1. E por que ela não atenta?

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  2. Visualizei a cena. Lindo pq deixa um montão de coisas no ar (ou ao vento)...

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  3. Ele não viu por que tava embaçado. Se ela esperar um dia de sol,com tudo claro,ele vê....

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  4. Eles não se vêem? Muda isso aí, autora.

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  5. não sei como, mas cheguei aqui de novo e tava lendo umas coisas... saudade de você.

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