Sei de muito pouco.
Sei que o melhor do café é o cheiro, e que leite de mais entope veias.
Sei que o algodão é, depois do Isopor, o material mais agoniante do mundo.
Sei do gosto das cores de Manuel de Barros.
Sei do ócio experimentado de ser vagabundo.
Sei que saracura não se caça.
Sei da secura de Minas
E dos pequis do Cerrado.
Ouço o sim e o não,
Vejo o demasiado simples
num prato de arroz sem feijão.
Gosto do inventado,
da areia que roça nos pés molhados.
Sei que a surpresa é maior quando rejeitada.
Sei de quase nada.
Sei do olhar do estrangeiro e do frio na barriga.
Sei que passo sem pisar
E perco tempo,
perco hora,
pisco.
Tiro o cisco e continuo a olhar.
Sei que nada disso importa
para ninguém além de mim
Sei que basta
Nós somos, em parte, nossas sensações, mesmo que algumas ninguém consiga entender, pois é só nossa propriedade, como: algodão ser agoniante, é tão fofinho! hahaha
ResponderExcluirÉ melhor você continuar assim, sabendo quase nada e, ainda assim, entendendo mais que a maioria.
Lindo, lindo, lindo!! Eu levitei!
Sabe é muito, você!
ResponderExcluirhahaha
é, poeta... Dá pra sentir esse texto.
Bruno
Maravilha, Flor.
ResponderExcluirSensibilidade na veia. E em doses extremas!!!!
Vc não sabe o que quer? Tem certeza?? Escrever, escrever, escrever. Traduzir sentimentos. Ainda vou ver um roteiro seu em alguma tela....
TAIA.
Pra quem diz não saber nada, vc se expressa maravilhosamente bem sobre muitas coisas.
ResponderExcluirbjs