sexta-feira, 20 de maio de 2016
o ruim das cenas, mas elas já vêm, é que não se pode dizer direto e tão fácil algumas coisas que eu gostaria de te dizer como: eu também me entedio muito com as cenas de ação e com as paredes de um escritório e com toda essa gente que precisa de gritaria e falatório e bombas e tiros e sganzerla para se sentir vivo. acho que é uma boa fuga pra quem não quer escutar o próprio silêncio. tenho uma tia que tem toc, ela sabe de cór a ordem de todos os seus livros da estante e eu mesma já testei mudar um e outro de lugar, sem avisar, só pra ver no que dava, deu que ela percebeu e pôs em ordem outra vez o que não tava desordenado. essa minha tia tem uma bagunça interna fodida, a vida emocional dela é um caos completo. e eu acho que isso explica muita coisa sobre tanta ação e tanto horário pra cumprir. e eu acho que pode ser essencialmente bom o seu incômodo.
raro hacer el proprio tempo. tem alguns lugares que acolhem e eu ainda não descobri uma livraria aqui equivalente ao sebo do Rio onde tinha café bom e livro barato, então eu paguei um pouco mais caro pra almoçar numa luz amarela. voltando do café do cortázar, peguei o metrô e sentei do lado de um menino jovem pré-adolescente. ele tava lendo um livro e eu li uma frase que dizia: “dont you know the next door is closed, Juliet?”. o garoto tava iniciando sua vida sexual com Bukowsik e não com playboys (certamente que com playboys também mas não no metrô), e eu quase disse: hermoso empiezo.
posso te contar um sonho bom?
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