Não é tanto o que se foi, mas mais: o que estar por vir. O peso do querer. Querer expandir, querer conhecer, querer pegar estrada a fora para qualquer sol que não se esconda. Chega a doer as costas. Só de pensar no peso de passar tardes em máquinas, restrita a um percurso que de tão visto, a gente nem percebe mais. O peso pesado de se acostumar, se encostar e ficar, só porque assim é como é. é como é? E como é ser? Isso não é pergunta p'ra gente sã, cidadã e sem tempo. Ser deve ser mais.
Outro dia, busquei uma foto do Atacama. Isso, o deserto. E fiquei imaginando a paz e o tédio que pode ser aquele lugar. E pensei em como eu tenho vontade de conhecer o silêncio e o céu de lá. E o Atacama, em uma tarde barulhenta de segunda-feira, pesou.
Quero aprender a tocar xequerê e no violão, pelo menos, qualquer coisa de Gil e Caetano. Quero ser arteira, fazer xilogravuras e serigrafias e testar tintas, tecidos e materiais. Quero a dança, o yoga e a fotografia. Quero os filmes e as palavras. Cachoeira, praia e montanha. Quero os amigos por perto e um canto de todo o mundo. Quero não parar um segundo. E parar muito.
Peso que traz p'ro chão, traz pro dia, a abstração e a alegria de deixar esquecer.
Leve que me empurra, traz na pele, a vivência e a consciência de que o peso, ainda assim, continuará em mim.
Quero aprender a tocar xequerê e no violão, pelo menos, qualquer coisa de Gil e Caetano. Quero ser arteira, fazer xilogravuras e serigrafias e testar tintas, tecidos e materiais. Quero a dança, o yoga e a fotografia. Quero os filmes e as palavras. Cachoeira, praia e montanha. Quero os amigos por perto e um canto de todo o mundo. Quero não parar um segundo. E parar muito.
Peso que traz p'ro chão, traz pro dia, a abstração e a alegria de deixar esquecer.
Leve que me empurra, traz na pele, a vivência e a consciência de que o peso, ainda assim, continuará em mim.
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